Bolsonaro revoga decreto de armas e publica novas regras

Em edição extra do 'Diário Oficial da União', Bolsonaro regulamentou pontos questionados pelo Senado

Em edição extra do 'Diário Oficial da União', Bolsonaro regulamentou pontos questionados pelo Senado — © Agência Brasil

Em edição extra do 'Diário Oficial da União', Bolsonaro regulamentou pontos questionados pelo Senado — © Agência Brasil

Política — O presidente Jair Bolsonaro revogou o decreto editado em maio para regulamentar regras de aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de munições e armas de fogo no país. A decisão foi publicada em edição extra no Diário Oficial da União nesta terça-feira (25).

O dispositivo foi revogado por meio da publicação de outro decreto, o 9.844/2019. Além desse, outros dois decretos foram publicados. Todos regulamentam pontos que, no entendimento de senadores, extrapolaram o Estatuto do Desarmamento. No último dia 18, o plenário do Senado aprovou a revogação do decreto presidencial.

Por 47 votos a 28, os senadores aprovaram a suspensão dos decretos do presidente que facilitavam o porte de armas. O Decreto 9.785, de 2019, autorizava a concessão de porte a 20 categorias profissionais e aumenta de 50 para 5 mil o número de munições disponíveis anualmente a cada proprietário de arma de fogo.

Além da revogação do decreto, o governo publicou na mesma edição extra do Diário Oficial três novos decretos que tratam do assunto. Também foi enviado um projeto de lei do governo que modifica o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).

+ Lei que permite internação involuntária de dependentes químicos é sancionada

A decisão em revogar o decreto das armas decorre de um extenso diálogo. O governo se recusou a revogar, a ponto de o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, ter dito que o governo não revogaria o instrumento.

O primeiro decreto sobre armas e munições foi assinado em 7 de maio. Desde então, foi alvo de questionamentos na Justiça e no Congresso Nacional. Diante da polêmica em torno do assunto, Bolsonaro recuou e, em 22 de maio, assinou um outro decreto sobre o tema. A medida também se tornou alvo de contestações.

*com Agência Brasil