Política — A Polícia Federal informou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que os aparelhos celulares do presidente Jair Bolsonaro também foram alvos dos ataques do grupo de hackers que estão presos desde a última terça-feira (23), na Operação Spoofing.
“Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao Presidente da República”, afirmou a pasta por meio de nota.
+ PF relata movimentações ‘suspeitas’ em contas de hackers que invadiram celular de Moro
Na ocasião, foram presos em São Paulo quatro suspeitos de invadirem o celular do ministros da Justiça Sérgio Moro, do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol e de outras autoridades. Uma conta com o nome do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi encontrada no celular apreendido de um dos suspeito.
Questionado sobre a invasão, Bolsonaro disse que não está preocupado, já que as questões estratégicas de seu governo não são compartilhadas por telefones.
Como funcionava a invasão
Para que o usuário tenha acesso à versão web do Telegram, ele deve receber um código de acesso que é enviado por meio de uma ligação telefônica. Com isso, esse código fica registrado na caixa postal do usuário, se por ventura o telefonema não for atendido.
Segundo as investigações, o grupo vinha realizando ligações para o número alvo fazendo com que a linha ficasse ocupada e o código fosse enviado à caixa postal, a qual teriam acesso.
De acordo com a Polícia Federal, cerca de mil números telefônicos diferentes foram alvos de invasões semelhantes.