Câmara aprova projeto que prorroga benefício fiscal para igrejas

Texto foi aprovado por 382 votos a 6 e prevê isenção de pagamento do ICMS por mais 15 anos

Texto foi aprovado por 382 votos a 6 e prevê isenção de pagamento do ICMS por mais 15 anos (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Texto foi aprovado por 382 votos a 6 e prevê isenção de pagamento do ICMS por mais 15 anos (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Política – O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (08), por 382 votos a 6, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 55/19, que autoriza estados e o Distrito Federal a renovarem, pelo prazo de 15 anos, benefícios fiscais concedidos a associações beneficentes e entidades religiosas de qualquer culto. A matéria segue para apreciação do Senado.

Pelo projeto, que tem como autora a deputada Clarissa Garotinho (PROS-RJ), igrejas e instituições ficarão isentas do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A proposta aprovada nesta quarta-feira pela Câmara não apresenta uma estimativa de quanto o poder público deixará de arrecadar com a prorrogação dos benefícios. A proposta aprovada nesta quarta-feira pela Câmara não apresenta uma estimativa de quanto o poder público deixará de arrecadar com a prorrogação dos benefícios.

“Esses incentivos fiscais criavam uma guerra fiscal entre os estados. Alguns estados conseguiam alguns investimentos em detrimento de outros, por causa de benefícios fiscais que eram concedidos. Alguns estados recebiam eventos, em detrimento de outros, por causa desses benefícios fiscais. E instalou-se o que era chamado de guerra fiscal”, argumentou a deputada.

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De acordo com Clarissa, para inibir a prática, a Lei Complementar 160 obrigou os estados a informar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) todos os incentivos concedidos de maneira irregular visando sua convalidação por meio de convênio.

A medida estabelece prazos diferenciados conforme a atividade e definiu o período de um ano para convênios que favoreciam especificamente entidades religiosas de qualquer culto e associações beneficentes que – segundo a deputada – “não possuem qualquer relação com a chamada ‘guerra fiscal”’.

*Agência Brasil