Três dias após um grupo comandado pelo deputado estadual por Alagoas, Antônio Albuquerque, ter entrado com uma ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), pedindo o afastamento do ex-deputado federal Roberto Jefferson da presidência do PTB, o próprio pediu licença do comando do partido, sob a justificativa de que não estaria conseguindo cumprir seu papel de presidente na cadeia.
Em uma carta assinada por Jefferson, e enviada à diretoria do PTB, o político explica que não consegue executar tarefas simples, como a de assinar contratos.
“Percebo a necessidade de uma presença mais próxima da gestão partidária, que por razões óbvias eu não tenho podido assumir. Essa semana dois contratos que precisavam ser assinados, eu não pude fazê-lo, pois a Administração Penitenciária não autorizou. Autoriza que eu assine procurações, mas contratos contrariam a norma interna da Secretaria Penitenciária. Assinar é falta grave”, afirmou ele no documento.
O ex-deputado federal também critica o grupo de cinco parlamentares, entre eles Antônio e Nivaldo Albuquerque, que chamou de “conspiratório”, por pedirem na Justiça o seu afastamento do partido.
“Formou-se um grupo conspiratório, após minha prisão, que sendo minoria sem peso na Convenção ou Diretório, tentou levar para o judiciário pretensões que não resistem ao mínimo enfrentamento no Partido, foro adequado para essa querela”, disse Jefferson.
Com o afastamento de Roberto Jefferson, o PTB agora passa a ser presidido oficialmente por Graciela Nienov, que já vinha desempenhando o papel de forma não oficial, desde a prisão do político em agosto pela Polícia Federal.