Nesta quarta-feira (23/3), os servidores do INSS estão prometendo entrar em greve. A informação é de que a paralisação não tem um prazo determinado para acabar.
O documento que informa a realização do protesto, assinado por Laurizete Araújo Gusmão, da diretoria colegiada da federação, está nas mãos do presidente do Instituto, José Carlos de Oliveira, desde a última quinta-feira (18/3).
Objetivos da greve
O objetivo da paralisação é pressionar a presidência da autarquia a pagar um reajuste salarial, de 19,99%. Além do reajuste, ainda há outros pontos que estão motivando a greve.
No documento ainda consta reivindicação dos trabalhadores para que o Governo Federal revogue o processo de aprovação da Reforma Administrativa que está em tramitação no Congresso Nacional. Os servidores também pedem o fim da regra do teto de gastos públicos.
Após o presidente Jair Bolsonaro ter se manifestado sobre a concessão de aumento salarial para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários, diversas categorias do funcionalismo público federal estão dispostas a cobrarem recomposição salarial também.
Impactos da greve
De acordo com especialistas, a greve impactará diretamente na fila de espera do INSS, atrasando ainda mais os atendimentos.
Os números estão cada vez mais preocupantes. Atualmente, houve um aumento de 30,55% no número de segurados que esperam atendimento para realização de perícia médica, passando de 635.780, em março do ano passado, para 828.963, neste mês. Com a paralisação, é esperado que esse número cresça ainda mais.
Como justificativa para a demora no atendimento, o INSS informou ao Supremo que a falta de servidores e o aumento do número de pedidos são as principais causas.