Economia

Número de consumidores inadimplentes cresce 0,9% no 1º semestre de 2019

As regiões Nordeste e Centro-Oeste tiveram um recuo de -0,6% e -0,3%, em relação ao mesmo período do ano passado

Publicado: | Atualizado em 30/07/2019 01:39


Número de consumidores inadimplentes cresce 0,9% no 1º semestre de 2019 — © Reprodução/Internet
Número de consumidores inadimplentes cresce 0,9% no 1º semestre de 2019 — © Reprodução/Internet

Economia — O nível de consumidores com contas inadimplentes cresceu cerca de 9% no primeiro semestre de 2019. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), essa é a segunda menor variação nos atrasos, desde 2012, quando a inadimplência havia crescido cerca de 5,8% no primeiro semestre.

Na analise do mês de junho, o número de consumidores com contas registradas em lista de inadimplentes, teve alta de 1,7%, quando se comparado ao mesmo mês de 2018.

Segundo o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a inadimplência apresentar um crescimento modesto aponta um fator considerável, e que acompanha a lenta recuperação da economia do Brasil. Ainda assim, o número de pessoas com seu nome negativado e impossibilitado de voltar ao mercado de crédito ainda continua elevado.

Pelo que mostra os números das pesquisas, até abril deste ano, eram 62,6 milhões de pessoas nessa situação, esse número equivale a cerca de 41% da população adulta.

Para José Cesar, 2019 vem frustrando as expectativas que estavam sendo criadas na consolidação do processo de retomada econômica no reflexo positivo do dia a dia na vida dos consumidores do país. Mesmo com os juros mostrando uma porcentagem menor que a inflação dentro da meta, o desemprego ainda continua sendo uma das causas maiores na falta de pagamento das famílias, quanto ao apetite às compras.

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Regiões

De acordo com os números mostrados pelo indicador de inadimplentes, três das cincos regiões do país mostraram alta. A  Região Sudeste por exemplo, mostrou um crescimento no mês de junho de 3,4%, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. No segundo lugar da lista está a Região do Norte, com alta de 2,2%, seguida da Região Sul com 1,79%.

Com exceção da Região Norte, todas as demais apresentaram desaceleração nos atrasos. Já no caso das regiões Nordeste e Centro-Oeste, foi observado um certo recuo de -0,6% e -0,3%.

Faixa etária

O levantamento também indicou que na faixa dos 18 aos 24 anos, houve queda de -22,7% e na faixa dos 25 aos 29 anos, de -9,1%. Na faixa que abrange pessoas de 30 a 39 anos, a inadimplência ficou praticamente estável (-0,8%). O maior crescimento no atraso de contas foi observado na população idosa, que varia de 65 aos 84 anos, cuja alta foi de 7,5%. Em seguida, aparecem os consumidores de 50 a 64 anos (3,9%) e de 40 a 49 anos (2,8%).

Valores

De acordo com a pesquisa, somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.252,70, valor 0,4% inferior ao constatado no mês anterior (R$ 3.239,48). O valor representa quase três vezes e meia o salário mínimo no país (R$ 998,00). Em média, cada devedor tem duas contas em aberto.
Com relação às dívidas contraídas em nome de pessoas físicas em junho deste ano, na comparação com 2018, houve queda de 1,0%.

As despesas básicas para o funcionamento do lar, como contas de água e luz foram as que mais cresceram em junho de 2019, com alta de 17,2% na base anual de comparação.

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As dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos tiveram alta de 2,7%. Já as compras feitas no carnê ou crediário, em estabelecimentos comerciais, caíram -5,2%, enquanto os atrasos em contas de internet, TV por assinatura e serviços de telefonia despencaram -20,3% no período.

De acordo com o indicador do SPC Brasil, mais da metade das dívidas pendentes (53%) de pessoas físicas no país têm como credor algum banco ou instituição financeira, seguido do comércio, que concentra 17% do total de dívidas não pagas e do setor de comunicação (11%). Os débitos com as empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 10% das dívidas não pagas no Brasil.

“Para evitar o chamado efeito “bola de leve”, o consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas com juros mais elevados, que, geralmente, são as dívidas bancárias. É preocupante que o segmento represente a maior fatia das contas em aberto no país. Uma opção que pode ser analisada em certos casos é a substituição da dívida por uma outra que cobra juros mais baixos, como é o caso do consignado”, disse o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

*com Agencia Brasil

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