União dos Palmares — Carlos Roberto da Silva, conhecido como Carlos da Umes, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) na 11ª Delegacia Regional de Polícia de União dos Palmares, na manhã desta segunda-feira (26), para se defender da acusação de uma suposta trama contra Ademílson da Silva, de 53 anos.
Preso sob a acusação de manter Francisco Bezerra Silva, de 72 anos, em condições análogas à escravidão, no assentamento Santa Quitéria, na zona rural da cidade, Ademílson citou o nome de Carlos e dois ex-associados, identificados como Pedro Viana e Francisco Alves Monteiro Filho, durante uma entrevista ao BR104.
Na reportagem, Ademílson afirmou veementemente que Pedro e Francisco foram os principais responsáveis pela suposta trama que mais tarde resultaria na sua prisão. Em seguida, diz que Carlos da Umes foi o responsável por ‘criar um clima’, no entanto, não especifica qual clima foi criado.
O BR104 teve acesso exclusivo ao documento, onde Carlos diz que em momento algum compactuou com a denúncia de que Ademílson mantinha o Francisco Bezerra naquelas condições, e que julga ‘incabível e caluniosa’ a citação de seu nome por parte dele.
Afirmou ainda que ‘mantém um bom relacionamento com todos, não vendo assim, cabimento em ter sido citado por Admílson em sua entrevista, pois, em momento algum ofertou denúncia contra o mesmo, em mesmo à época que fazia parte da assessoria da presidência do Instituto de Terras de Alagoas (Iteral)’.
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Carlos também disse não ter conhecimento de envolvimento de Ademílson sobre a prática de crime de cárcere privado ou trabalho análogo à escravidão, pois à época (2016/2017) a questão se resumia mais a disputa entre os associados de propriedade de lotes concedidos pelo Governo Federal.
Por fim, afirmou que devido aos fatos envolvendo seu nome, ‘decidiu registrar o boletim para que fossem tomadas as medidas cabíveis, pois, estranhamente tal situação se deu justamente em período e pré-campanha ao pleito do Conselho Tutelar, ao qual é candidato’.
