Desde que Donald Trump declarou guerra comercial contra a fabricante de dispositivos móveis chinesa impondo restrições à seus produtos. A Huawei acabou perdendo grandes parceiros neste desenrolar de processos, entre eles o Google, que anunciou a retirada de seus serviços de atualizações no sistema Android dos dispositivos da fabricante.
Sem os serviços do Google provavelmente a empresa tenha se perguntado: “como iremos sobreviver sem o Android em nossos smartphones?”. Pois bem, o futuro da companhia não se sabe, mas a conturbação existe no presente fez a fabricante trabalhar em seu próprio sistema operacional, apelidado de (HongMeng), que também é registrado como Ark OS na Europa.
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“A Huawei sabia que isso estava chegando e estava se preparando. O sistema operacional estava pronto em janeiro de 2018 e era o nosso ‘Plano B’. Não queríamos trazê-lo para o mercado, pois tínhamos um forte relacionamento com a Google e outras empresas, não queríamos estragar essas parcerias. Agora, estamos lançando no mês que vem”, disse Alaa Elshimy, diretor administrativo e vice-presidente da Huawei Enterprise Business Group no Oriente Médio.
As expectativa do novo sistema que comandará os dispositivos da Huawei é que, além de ser compatível com os dispositivos mobile ele também será compatível com computadores, tablets, TVs, carros conectados, smartwatches e wearable, entre outros dispositivos.
A fabricante ainda não demonstrou detalhes mais preciso sobre o sistema. Porém, de acordo com o executivo da fabricante os aplicativos do Android vai continuar funcionando, além dos apps que poderão ser baixados via Huawei AppGallery.
“A sanção dos EUA não vai afetar a funcionalidade dos produtos da Huawei”,
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“As sanções dos EUA não afetarão o sistema operacional da empresa e os chipsets de forma alguma, já que somos autossuficientes em muitos aspectos. Nós temos todos os Intel para PCs e servidores. Cada player de armazenamento no mercado usa Qualcomm e nós somos o único usando nosso próprio chipset. É por isso que podemos ir na velocidade que queremos ”, disse Elshimy.
O executivo ainda fez questão de frisar que a Huawei conta com seu próprio processador que é baseado em (ARM), disponível para qualquer substituição de chips da Intel, e que também irá lançar seu próprio banco de dados semelhante ao Oracle.
Segundo relatórios do setor, a empresa asiática chega a comprar mais de US$ 11 bilhões de bens e serviços de empresas norte-americanas anualmente.