O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta quarta-feira (6), que congela a medida adotada pelo ex-presidente Obama, que reduz o número de mortes de civis causadas por drones.
A revogação da exigência do antecessor de Trump, pedia para o diretor de inteligência nacional que divulgasse um relatório anual sobre o número de mortes resultantes de operações dos EUA em áreas não combatidas em todo o mundo.
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A medida do ex-presidente foi criado em 2016 após o governo ser pressionado sobre as transparências no uso de drones no combate ao crime. As áreas que sofreram mais com esse tipo de operação foram: Paquistão, Somália e Iêmen. Com isso, o governo Trump pretende relatar apenas as mortes que acontecem em “áreas de atividades hostis”, o que envolve Iraque e Síria.
Entre 2009 e 2016, os relatórios levantados pelo Estados Unidos relatam que, cerca de 117 civis foram mortos por drones nesse período. Já o relatório de 2017 não foi divulgado pelo governo, neste caso, a Inteligência Nacional divulgou algo entorno de 64 a 116 mortes de civis causados por drones em áreas sem combate no período de 2011 a 2015.
De acordo com a diretora da União Americana das Liberdades Civis, Hina Shamsi disse que “a decisão vai esconder do público a contagem do próprio governo do número total de mortes que causa a cada ano em seu programa de força letal”.
De acordo com o Bureau de Jornalismo Investigativo, aconteceram mais de 1,7 mil mortes desde 2004. Esse número foi levantado pelos próprios dados do governo, além dos relatos de mídia locais.