Política — O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), não aceitou o pedido para afastar o procurador Deltan Dallagnol, expedido pelo senador alagoano Renan Calheiros. A intenção do senador é de afastar Dallagnol dos cargos que ocupa atualmente, (procurador e chefia da força-tarefa da Lava Jato ), no estado de Curitiba.
A decisão unânime em manter o procurador com suas atividade foi entendido pelo relator e corregedor do CNMP, Orlando Rochadel, por conta do caso tratar-se de uma “manifestação pública indevida”, segundo ele, essa ação só deveria suspender as atividades de Deltan, caso as sanções mais rígidas não surtissem efeitos.
+ Zé Alfredo tem 5 dias para devolver R$41 mil ao TRE-AL
Rochadel disse ainda que não havia indícios para punir Dallagnol, afastando-o dos cargos mas concordou que deveria ser aberto uma sindicância para que o comportamento do procurador viesse a ser analisada, caso exista alguma irregularidade, que seja aplicada uma advertência.
Para o corregedor, o comportamento de atividades político-partidárias existentes em uma das denúncia de Renan Calheiros, não foi exercida por Dallagnol, mas em uma análise mais criteriosa do caso, o procurador evidenciou nitidamente um manifesto com intenções políticas o que “merece reprimenda por parte do conselho“, afirma.
Rochadel afirmou ainda que Dallagnol: “buscou, fora de suas atribuições legais, interferir na eleição à presidência do Senado Federal. Considerando as publicações realizadas, importa reconhecer nessa fase que ele deixou de observar o seu dever funcional”, concluiu o relator.