O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado em fortalecer sua base de apoio no Congresso Nacional e, para isso, busca incorporar o Partido Progressista (PP) e o Republicanos à Esplanada dos Ministérios nos próximos 10 dias.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou recentemente que existe intenção do governo em dar espaço a essas siglas, embora ainda não haja uma definição sobre quais pastas seriam destinadas a cada partido.
“Isso está com o presidente para decidir, não está definido quais pastas, mas o mais provável é que isso seja resolvido nos próximos 10 dias”, afirmou Rui Costa.
De acordo com informações, o PP não está disposto a aceitar menos do que um ministério de grande relevância, como o Ministério do Desenvolvimento Social, além da Caixa Econômica Federal. O partido já tem nomes em mente para ocupar essas posições: André Fufuca para o ministério e Margarethe Coelho para a presidência da Caixa.
O governo de Lula busca estreitar laços com partidos do Centrão, grupo composto por legendas que possuem grande influência no cenário político nacional. Nesse sentido, a estratégia do governo inclui destinar a chefia de ministérios a essas siglas, como já aconteceu com o MDB e o PSD.
Em junho, o parlamentar Arthur Lira (PP-AL), membro influente do Centrão, destacou em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, que o governo se prontificou a construir uma base parlamentar, oferecendo ministérios a partidos como o MDB e PSD, e argumentou que seria razoável que essa mesma oportunidade fosse concedida a outras legendas do Centrão.
Para resolver as questões relacionadas à inclusão do PP e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios, está prevista uma conversa entre o presidente Lula e líderes do Centrão nesta semana. O partido Republicanos, que possui Tarcísio de Freitas como filiado, pode ocupar um cargo no segundo escalão, mais especificamente o Ministério do Esporte.
Além das movimentações políticas, o ministro Rui Costa também destacou a expectativa do governo em relação à taxa de juros. Ele cobrou uma redução na taxa básica de juros da Selic e mencionou o exemplo do Chile, que recentemente reduziu sua taxa em 1 ponto percentual. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nesta terça-feira e quarta-feira (2/7) para tomar a decisão sobre a taxa de juros.
As negociações com os partidos do Centrão e a possível redução dos juros são questões cruciais para o governo Lula, que busca consolidar seu apoio político e implementar medidas econômicas que estimulem o crescimento do país. O cenário político e econômico está em constante evolução, e as próximas decisões governamentais serão observadas de perto pela sociedade e pelos demais atores políticos do país.
