Fachin deixa a entender que Raquel Dodge atrasava casos da Lava Jato

O ministro relatou 14 casos que foram prejudicados pela desaceleração das investigações da Procuradora-geral da República

Edson Fachin cobra de Raquel Dodge andamentos das investigações de casos que envolve 14 políticos — © Reprodução

Edson Fachin cobra de Raquel Dodge andamentos das investigações de casos que envolve 14 políticos — © Reprodução

Política — O ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou a entender em um documento obtido pelo site (Estadão), que a Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, estava segurando casos judiciais de políticos que estão sendo investigados pela Operação Lava Jato.

De acordo com as informações obtidas e divulgadas pelo site anteriormente citado, o ministro teria dito que cerca de 14 casos sob responsabilidades da PRG não foram encaminhados para o STF, entre eles estão processos relacionados a Eunício Oliveira, Renan Calheiros, Edison Lobão e Eduardo Cunha.

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Os casos em questão estiveram paralisados por mais de ano. Pelo motivo da desaceleração Edson Fachin cobrou da procuradora-geral a apuração das investigações relacionadas aos documentos que foram obtidos pelo Estado.

Em meio ao despacho de Fachin, está a seguinte normativa: “se encontram na PGR inquéritos, bem como ações cautelares e petições (…) no aguardo de diligências e respectivos trabalhos, em lapso superior ao prazo”. No entanto, Raquel Dodge deixou o cargo nessa terça-feira (17), e deve prestar conta de sua conduta nos dois anos de gestão.

Caso de Renan Calheiros 

O caso em que o senador Rena Calheiros (MDB-AL) esta sendo investigado esteve parado por quase um ano na Procuradoria e só retomou ao STF no início deste mês após as exigências de Fachin. No entanto, veio a ser arquivado pelos procurados da lava Jato.

As investigações em que Renan Calheiros era citado tinha como base apurar informações de pagamentos de propinas relacionadas a contratos nas construções de navios-sonda. Ainda assim, o caso ficou congelado por quase um ano na Procuradoria e ao ser liberado foi arquivado.