O ano era 2012, e naquela altura, Areski Freitas concluía seu segundo mandato. O primeiro havia sido oriundo de uma sucessão ao governo do ex-prefeito Zé Pedrosa, falecido em 29 de julho de 2008. Apenas três meses após a morte de Pedrosa, Kil vencia as eleições e era reeleito prefeito de União dos Palmares.
Em 2012, ele já não podia mais ser candidato, pois tinha assumido cinco meses do primeiro mandato, e precisava indicar seu sucessor. O ex-governador Manoel Gomes de Barros foi o escolhido do grupo para a sucessão de Areski, contando, naquela altura, com o apoio do então governador Teotonio Vilela Filho, do senador Biu de Lira, de deputados federais e estaduais, políticos locais como parte da família Vergeti e a família Menezes, além de uma imensa onda azul que tomou conta de União dos Palmares.
Do outro lado, o médico Beto Baia disputava contra Mano, tendo como vice o irmão do saudoso Zé Pedrosa. No final do dia, Areski perdeu a chance de fazer um sucessor, Mano amargou sua última derrota nas urnas e Beto Baía era eleito o prefeito que prometia quebrar as correntes.
As circunstâncias que levaram Mano a perder as eleições ainda são tema de muitas discussões entre os articulistas políticos, mas o fato é que, em 2024, Areski Freitas se encontra no mesmo ponto em que estava 12 anos atrás. Ele está novamente na iminência de eleger um sucessor, e desta vez, a escolha não é apenas do grupo, como foi com Mano.
Até onde se sabe, Júnior Menezes é também a escolha do próprio Kil, e sua vitória nas urnas pode ser parte de um plano político maior, que pode culminar com Areski numa cadeira na Assembleia Legislativa, ou não.
Portanto, apesar da incerteza, já superada até mesmo pela oposição, sobre Júnior ser ou não o candidato de Kil, é mais lógico pensar que ele terá uma segunda chance de fazer um sucessor. Sendo assim, a vitória de Júnior Menezes representa mais que apenas uma vitória para Kil de Freitas; seria uma reparação na sua biografia política.
