Sem posse, Conselheiros Tutelares de Maceió protestam em frente ao TJ

Segundo o MP, ocorreram várias irregularidades no dia das eleições, que culminaram no descumprimento direto do próprio Edital.

Protesto dos conselheiros tutelares de Maceió

Protesto dos conselheiros tutelares de Maceió

No dia em que todos os conselheiros tutelares eleitos na eleição unificada que ocorreu em Outubro de 2019, tomam posse em todo o país, 50 conselheiros tutelares que foram impedidos de serem diplomados em Maceió, após uma decisão da juíza Eliana Augusta Acioly Machado de Oliveira, titular da 28º Vara da Infância e Juventude da Capital, decidem protestar em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ/AL).

O grupo questionou o fato de não terem sido diplomados nesta sexta-feira (10), como aconteceu em todo o país, e criticou a decisão da juíza, em atender a solicitação do Ministério Público Estadual (MPE-AL).

Segundo o MP, ocorreram várias irregularidades no dia das eleições, que culminaram no descumprimento direto do próprio Edital.

Segundo o processo, “mesários despreparados, tomando decisões em desacordo com o Edital, fato que gerou confusões por discussões entre eleitores e mesários, pois em alguns locais pessoas votaram sem título e em outros, votaram sem o nome constar na lista de eleitores; urnas que chegaram ao local de
votação muito atrasadas, algumas rasgadas, outras com as tampas abertas, sem lacres; locais de votação em pavimento superior, sem acesso para eleitor com necessidades especiais (as quatro urnas que foram instaladas na Escola Municipal Maria José Carrascosa ficaram no piso superior); falta da cabine indevassável para garantir o sigilo do voto, falta de almofadas para colher a digital dos eleitores analfabetos; falta de canetas; falta das senhas para distribuição aos eleitores nas filas após as 17h; multidão de eleitores nos locais de votação esperando para votar, fato que fez muitos eleitores desistirem de votar, prejudicando muitos candidatos, desorganização no controle das filas; dentre outras irregularidades”.

Depois do protesto pacífico com faixas e cartazes, o grupo conseguiu ser recebido pelo Presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Tutmés Airan, que prometeu intermediar uma conversa entre os conselheiros e o desembargador Paulo Lima, que é quem julgará a questão.

Não ficou claro, no entanto, como deverão ficar os conselhos tutelares da capital, já que o mandato dos antigos conselheiros foi oficialmente concluído nesta quinta-feira (9).