Nesta quinta-feira (11/5), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento da ação penal aberta pela Corte contra o ex-senador e ex-presidente da República Fernando Collor pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O julgamento definirá se Collor será condenado pelo tribunal.
A denúncia contra o ex-parlamentar foi aceita pelo Supremo em agosto de 2017, e conforme as investigações da Operação Lava Jato, Collor teria recebido R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.
Durante a sessão, a vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, defendeu a condenação de Collor, alegando que o ex-senador foi responsável por indicações políticas na BR Distribuidora e recebeu vantagens indevidas em contratos da empresa.
Segundo Lindora, as provas apresentadas não estão baseadas unicamente em delações premiadas, mas em documentos apreendidos e relatórios financeiros que foram analisados em conjunto para confirmar a autoria dos crimes.
“Foi comprovado o pagamento de propinas para o grupo da organização criminosa, chefiada então por Fernando Collor, nas negociações para troca de bandeiras de postos de gasolina e construção de bases de distribuição de combustíveis”, afirmou.
O julgamento iniciou na quarta-feira (10), mas foi suspenso após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Collor é réu no processo e poderá ser condenado pelo STF caso a maioria dos ministros decida pela sua culpabilidade.