Justiça — Ainda sem data definida, vão a júri os policiais militares Cícero Vasconcelos de Lima Júnior, Fernando Gomes de Lima Filho, além de Carlos Eduardo Soares e Francisco Eduardo da Silva, acusados de integrar um grupo de extermínio na cidade de União dos Palmares, na Zona da Mata de Alagoas.
Segundo a decisão publicada no Diário da Justiça dessa quarta-feira (7), os militares devem permanecer presos, como estão desde dezembro de 2017. Um dos acusados, Wellington Monteiro da Silva, não foi pronunciado. O grupo responsável por dezenas de execuções no passado, cometia crimes em troca de recompensas financeiras.
Entre os crimes atribuídos ao grupo, está a morte do professor de Educação Física, Luan Douglas. O homicídio aconteceu na porta da casa da vítima, no dia 18 de abril de 2017. Segundo as investigações, o educador físico foi assassinado porque teria paquerado a esposa do policial militar Cícero Vasconcelos, conhecido como “Cabo Júnior”.
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À época, o PM chegou a procurar um homem e propôs a ele a recompensa de R$ 4 mil para matar o educador físico. Diante da recusa, o policial procurou outro pistoleiro para executar o crime, fato ocorrido alguns dias depois.
A quadrilha, ainda segundo as investigações, possui ramificações com o antigo grupo de extermínio ninjas, responsável por matar dezenas de adolescente por encomenda nos anos 2000, na região de União dos Palmares.