Caso Wanderson Villar: Internautas criticam acordo entre empresário e MPAL

No acordo, ficou estabelecido o pagamento de um valor de R$ 6.060,00, parcelado em dez vezes de R$ 606, além da prestação de serviços comunitários.

Wanderson dos Santos Villar, de 23 anos, foi morto a tiros em Santana do Mundaú | © Reprodução

Wanderson dos Santos Villar, de 23 anos, foi morto a tiros em Santana do Mundaú | © Reprodução

Internautas estão criticando o acordo firmado entre o Ministério Público de Alagoas (MPAL) e o empresário Antônio Correia Barbosa Filho, acusado de homicídio culposo, ocorrido em novembro de 2020, em Santana do Mundaú, na Zona da Mata do Estado, que vitimou Wanderson dos Santos Villar, de 23 anos.

O caso chocou os moradores da pequena cidade, e a notícia do acordo homologado pela Justiça, na última quarta-feira (30/3), tem repercutido negativamente. À época do fato, foi apurado que o crime teria ocorrido durante uma “brincadeira” entre a vítima e “Correinha”, como o acusado é conhecido.

No acordo, ficou estabelecido o pagamento de um valor de R$ 6.060,00, parcelado em dez vezes de R$ 606, além da prestação de serviços comunitários a serem realizados na Escola Municipal Denilma Vilar Bulhões, durante o período de dois anos, com duração de oito horas diárias.

“Realmente essa é a justiça que o Brasil tem, onde uma morte vale R$6.000 pra um empresário”, disse Fábio Lima. “R$ 6 mil Ou Seja veja como a nossa vida não vale absolutamente nada ?? estamos vendo aqui senhoras e senhores a Banalização da Vida”, criticou Humberto Junior.

“Jamais veríamos isso se fosse o inverso da situação. Uma vida resumida em parcelas de R$ 606,00. Que tristeza!”, lamentou Rafael Methzenn. “Creio que uma vida não tem preço, aí no caso o valor da vida desse jovem é isso, Deus tenha misericórdia dos pais desse jovem”, disse Sandra Tenório.