O ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro, defendeu nesta semana o direito do homem do campo de possuir “uma ou duas armas” para se proteger da criminalidade.
Segundo Fávaro, é legítimo que o homem do campo tenha acesso a armas para realizar sua primeira defesa, já que muitas vezes estão a dezenas de quilômetros da cidade e a polícia pode demorar a chegar.
No entanto, o ex-ministro ponderou que não faz sentido que haja um grande número de armas nas propriedades rurais, especialmente fuzis de assalto. Fávaro enfatizou a importância do equilíbrio e destacou que a vulnerabilidade é certa e o risco do homem do campo é iminente se a criminalidade tiver certeza de que não há armas nas propriedades.
Fávaro também destacou que o programa de apoio à reforma agrária, implementado durante o governo do presidente Lula, tem as portas abertas e que a invasão de terra produtiva não é necessária, já que há leis que proíbem essas ações. Para ele, é possível avançar na questão da reforma agrária por meio de diálogo e respeito às leis.
O ex-ministro afirmou que o presidente Lula compartilha da mesma opinião e acredita que é legítimo o homem do campo ter acesso a armas para sua proteção, mas sem exageros. Fávaro concluiu que é importante haver equilíbrio e que o homem do campo tenha direito a ter uma ou duas armas, mas não mais do que isso.