Janot deve ser ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça

O ex-procurado-geral da República deve se explicar sobre suas declarações a respeito da Operação Lava Jato cedidas em entrevista

Janot deve ser ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania — © Marcelo Camargo

Janot deve ser ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania — © Marcelo Camargo

Brasil — Após a polêmica envolvendo o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), na Câmara dos Deputados, pretende ouvir os esclarecimentos do procurador a respeito de sua atuação no cargo de PGR e nas investigações da Operação Lava Jato.

Além disso, ele também deve se explicar a respeito do último caso onde afirma ter ido ao Supremo Tribunal Federal (STF) armado com a intenção de matar o ministro da Corte Gilmar Mendes.

Na semana passada, a notícia se propagou após o procurador falar a respeito dos personagens de um livro de sua autoria em uma entrevista. Intitulado (Nada Menos que Tudo), o livro de Janot narra alguns episódios de sua vida, entre eles, sua ida ao STF e sua tentativa de assassinato contro o ministro da Corte.

Em meio a tudo isso, alguns parlamentares utilizaram as redes sociais para se posicionarem contra o procurador que também atuava nas investigações da Lava Jato. Entre eles, está o Renan Calheiros (MDB), que publicou um poste no Twitter afirmando que o procurador é um “Psicopata“. Já o deputado federal Paulão, comenta o caso em uma entrevista exclusiva ao Portal BR104.

No entanto, este embate entre Gilmar Mendes e Janot, já vem desde 2013 quando Janot chefiou a Procuradoria-Geral da República até 2017. No entorno das discussões o procurador afirmou que chegou ao limite quando o ministro mencionou sua filha em uma das discussões.

Todos esses embaralho envolvendo as duas autoridades foram publicados por diversos veículos de comunicação. Além de estarem registrado no livro escrito pelo procurador. Para o deputado Delegado Pablo (PSL-AM), o requerimento foi feito para que fosse discutida as afirmações que Janot fez a respeito da Lava Jato.

A intenção é trazer luz para o tema que ele falou para a mídia que, durante a Lava Jato, foi, por várias autoridades daquele tempo, atrapalhado, colocado contra a parede, para que as investigações não andassem”, esclarece o deputado.

Se ele falou isso em um livro, ou para vários meios de comunicação, essa casa do povo [Câmara] é o lugar correto para as explicações. E [para que] a gente veja se há mais fatos a serem apurados”, finaliza o parlamentar.

Na reunião também estará presente o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe de gabinete, Eduardo Pelella.