Vereador Manoel Messias e o “rombo” milionário do SAAE

Manoel Messias é um dos integrantes da comissão que investiga as contas da autarquia

Vereador Manoel Messias - @BR104

Vereador Manoel Messias - @BR104

O vereador por União dos Palmares, Manoel Messias (PSDC-AL), em conversa com a reportagem do BR104, garantiu que na próxima segunda-feira (02), será apresentado na sessão da Câmara de vereadores o relatório da investigações conduzida por uma comissão criada especificamente para acompanhar as contas da autarquia.

O BR104 denunciou que, segundo o portal da transparência do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, a autarquia tem um deficit de quase R$6 milhões. O SAAE emitiu uma nota, alegando que os números estavam errados, e apontou um problema técnico.

No entanto, números oficiais apresentados no TCE (Tribunal de Contas do Estado), a que o BR104 teve acesso, mostram que a autarquia vem apresentando prejuízos milionários nos últimos dois anos, mesmo período em que Wellington Ferreira atua como diretor do SAAE.

Manoel Messias disse que o relatório seria apresentado nessa última segunda-feira, mas como a sessão não teve quorum suficiente, acabou sendo remarcado para a próxima sessão.

Ele não quis antecipar o conteúdo do relatório, mas garantiu que de segunda-feira não passa.

O parlamentar é um dos 4 vereadores que formam a comissão que investiga as contas do SAAE.

Tita saiu

Passados mais de 70 dias, o relatório detalhado sobre o apurado ainda não foi divulgado. O vereador e membro da Comissão de investigação, Cícero Aureliano, o Tita (PDT), lamentou a demora e falta de comunicação com relação aos documentos solicitados. Ele comunicou, no último dia 11 de novembro, a sua saída do grupo.

“Passamos quase dois meses indo na autarquia buscando documentações e não houve reuniões para passar algumas informações, de modo que eu estava sendo muito cobrado por parte da imprensa, dos meus aliados, de um grupo político que buscava essas informações”, disse o parlamentar.

Tita esclareceu que não teve acesso a nenhuma documentação investigada, e que os documentos ficaram sob responsabilidade do presidente da Comissão, Neto Cavalcante, que ‘não apresentou nada até o momento’. Afirmou ainda que ‘estava se sentindo preso’ no grupo, e por isso entrou com o ofício pedindo a sua substituição.