Prefeitura responde vereador que pediu respiradores; “Não seria suficiente”

Em nota, a prefeitura explica que já houve uma articulação para solicitar ao Estado esse equipamento, mas o HSVP teria apontado outras dificuldades

Respirador mecânico - @reprodução

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A prefeitura de União dos Palmares respondeu a solicitação do vereador Caju (PSDB), que essa semana gravou um vídeo pedindo que parte do recurso aprovado pela Câmara de vereadores como Crédito Especial para a criação de um programa de combate ao novo coronavírus no município, na ordem de quase R$1 milhão, fosse usado para a compra de respiradores.

O parlamentar citou o caso em que um paciente precisou ficar no Hospital São Vicente de Paulo por 48 horas, esperando por uma vaga numa UTI. Para Caju, era muito importante que esse paciente tivesse um respirador à disposição.

Em nota, a prefeitura explicou que já havia sido pensado na possibilidade de, em parceria com outros prefeitos de cidades que compõem a 3ª região sanitária, enviar um ofício ao Governo do Estado pedindo por esse equipamento.

– No início de abril houve uma comunicação entre os municípios que integram a 3º Região de Saúde para encaminharem ao Governo do Estado um ofício solicitando respiradores para o Hospital São Vicente de Paulo durante a pandemia.

Apesar do interesse na solicitação ao Estado, o próprio HSVP teria explicado que apenas “a aquisição dos equipamentos não seria suficiente “.

– Quando procurado o setor jurídico da instituição filantrópica referida, a resposta à demanda foi de que a aquisição dos equipamentos não seria suficiente para atender os pacientes com problemas respiratórios, visto que o Hospital precisa também de profissionais com especialidade no manuseio dos respiradores, médicos intensivistas, além de uma estrutura física que comporte as condições necessárias para a estadia do paciente nesses casos. Não adiantaria comprar os respiradores sem ter o que é primordial para sua utilidade.

A nota explica ainda, que foi solicitada uma avaliação no HSVP e no prédio do HGU (Hospital Geral de União), para entender se os prédios teriam estrutura para atender a 3ª região sanitária.

– Os secretários de saúde da 3º região então solicitaram a visita da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) para avaliar as condições estruturais do São Vicente e também do Hospital Geral de União. A Sesau não se pronunciou com resposta até o momento.

Leia a nota na íntegra:

No início de abril houve uma comunicação entre os municípios que integram a 3º Região de Saúde para encaminharem ao Governo do Estado um ofício solicitando respiradores para o Hospital São Vicente de Paulo durante a pandemia.

Quando procurado o setor jurídico da instituição filantrópica referida, a resposta à demanda foi de que a aquisição dos equipamentos não seria suficiente para atender os pacientes com problemas respiratórios, visto que o Hospital precisa também de profissionais com especialidade no manuseio dos respiradores, médicos intensivistas, além de uma estrutura física que comporte as condições necessárias para a estadia do paciente nesses casos. Não adiantaria comprar os respiradores sem ter o que é primordial para sua utilidade.

Depois disso, apenas três prefeitos assinaram o ofício, o que cancelou o envio deste. Os secretários de saúde da 3º região então solicitaram a visita da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) para avaliar as condições estruturais do São Vicente e também do Hospital Geral de União. A Sesau não se pronunciou com resposta até o momento.

Além disso, vale salientar que a administração de investimentos na saúde pública do município é comprometida com o Piso da Atenção Básica (PAB). O que for referente ao Teto de Média e Alta Complexidade (MAC) cabe ao Estado e à União viabilizar verbas de custeio para as ações.

Inclusive a Atenção Básica está sendo reforçada com um Centro de Tratamento voltado às Síndromes Gripais, funcionando de domingo a domingo e auxiliando para amenizar o fluxo do Hospital.

Antes de direcionar exclusivamente ao município a responsabilidade sobre os fatos, o vereador do vídeo em questão deveria aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, procurar ouvir a Prefeitura e a quem responde pelo Hospital e avaliar melhor quem precisa receber suas cobranças, pois é assim que tem chances de garantir a efetividade destas.