
Um grupo de funcionários da maternidade do Hospital São Vicente de Paulo, no Centro de União dos Palmares, fez um apelo ao governo do estado, na manhã desta segunda-feira (28/11), para que o acordo feito entre as partes seja mantido pelo executivo estadual.
Ao BR104, Elisangela, funcionária da maternidade, disse que a administração da unidade hospitalar vem mantendo o pagamento dos colaboradores sem o repasse do governo, mas, no momento, não há mais recursos para arcar com as despesas.
“A gestão vem mantendo os funcionários em dia, em décimo, férias. Aí chegou um momento onde não temos mais como nos manter. São mais de 60 funcionários em aviso prévio”, disse a colaboradora.
Ainda de acordo com a funcionária, desde outubro deste ano, a maternidade aguarda a renovação da contratualização com o governo do estado, mas ainda não obteve retorno. Diante disso, fica ainda mais difícil manter o funcionamento do hospital.
“Nós pedimos, encarecidamente, ao governador Paulo Dantas, que nos ajude. Nós acreditamos nele e estamos aqui esperando um olhar de misericórdia”, implorou Elisangela.

Funcionários do HSVP com cartazes | © Oziel Nascimento
Repasses anteriores
Esta não é a primeira vez que os funcionários vêm à público fazer apelo para que o funcionamento do HSVP seja mantido. No início deste ano, colaboradores da unidade hospitalar ameaçaram paralisar o atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Na época, o hospital publicou uma nota informando o motivo da suspensão do atendimento, que seria o mesmo assunto, ou seja, a falta de repasse por parte do governo do estado.
Leia na íntegra a nota publicada na época:
“Essa semana a direção do hospital São Vicente de Paulo derramou o ofício que vai suspender o atendimento pelo SUS da maternidade Santa Catarina. Espero que a gestão estadual e municipal não deixe isso acontecer e use a lei 8.080 a emenda 29. Não vou culpar a gestão estadual e nem municipal, os repasses são feitos corretos e falta no hospital uma gestão! A sociedade palmarina tem conhecimento que este hospital foi construído pelo comércio palmarino, aí tem a memória de Gracinha Lopes, Francisco Vieira, Jairo Viana, Zé Viana e outros. Por que devemos aceitar que venham pessoas forasteiras para acabar com nossa história? Vamos ficar atentos sociedade, não vamos apagar a nossa história, pessoas humanas deram suas vidas à esse patrimônio! Não vamos deixá-los destruir!”