Caso Hítalo Galvão: Advogado fala sobre absolvição do marchante

O Tribunal do Júri aceitou a tese do acusado, que confessou o crime, mas alegou tê-lo cometido em legítima defesa.

Repórter Alexandre Tenório durante entrevista com advogado de Hítalo, Joanisio Omena | © BR104

Repórter Alexandre Tenório durante entrevista com advogado de Hítalo, Joanisio Omena | © BR104

Nesta quarta-feira (25/8), o BR104 conversou com exclusividade com o advogado Joanisio Omena, responsável pela defesa de Hitalo Roberto da Silva Galvão, de 30 anos, que foi absolvido pelo homicídio do feirante José Carlos dos Santos, de 39 anos. O julgamento aconteceu na última segunda-feira (23).

O Tribunal do Júri aceitou a tese do acusado, que confessou o crime, mas alegou tê-lo cometido em legítima defesa. Hítalo, que é marchante, estava preso desde abril de 2019, quando o então delegado titular da 11ª DRP, Valter Nascimento, pediu sua prisão preventiva.

Joanisio explicou que “o argumento que muito inteligentemente foi preservado pela defesa até os últimos instantes, era o que a gente chamaria de um calcanhar de Aquiles para a acusação, que era uma prova técnica em controversa”, alcançada através do próprio laudo cadavérico.

“O médico sinalizou a mão de faca, uma empunhadura. O que isso significa dizer? O que seria esse formato da mão enrijecida? A vítima que morreu empunhava uma faca, que foi retirada depois dela ter sido morta. Essa prova técnica tava lá e esse argumento foi deixado propositalmente pela defesa da minha pessoa para que fosse explorado já nos estados finais, porque seria o grande impacto, uma vez que o Ministério Público batia a todo momento que não seria legítima defesa e isso convenceu definitivamente os jurados”, explicou.

Assista a entrevista na íntegra no vídeo acima.