Agricultores aproveitam época frutífera para ganhar dinheiro às margens da BR-104

De jaca à manga, vale tudo para atrair a clientela nas margens da rodovia

De jaca à manga, vale tudo para atrair a clientela nas margens da rodovia (Crédito: BR104)

De jaca à manga, vale tudo para atrair a clientela nas margens da rodovia (Crédito: BR104)

União dos Palmares – Não é difícil de ver ambulantes de beira de estrada, durante uma breve caminhadas pelas rodovias federais e estaduais do estado. Barracas improvisadas são montadas às margens da rodovia, famílias praticamente se mudam para a estrada em nome da sobrevivência.

A maioria são agricultores que vendem produtos caseiros ou típicos da região, como por exemplo, o senhor Givanildo, que vende seus produtos na BR-104, em União dos Palmares. Na época de manga, banana, jaca, abacate, ele aproveita a altura das colheitas para ganhar mais algum dinheiro e escoar os produtos que cultiva nas suas terras.

Givanildo disse que se vira do jeito que dá. Tanto esforço nem sempre é recompensado, mas no dia em que os motoristas estão com vontade de experimentar as frutas da região, o vendedor consegue chegar em casa com um valor razoável – não informado. “Eu vivo disso aqui. Esse é o período de fruta. Eu trabalho só da agricultura e quando começa o período, eu vendo jaca, manga, banana, maracujá. Quando é em outras épocas, como o são João, eu vendo milho, pamonha, milho cozido. Eu vivo da roça”, afirma

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Ele revela ainda que além de viver da agricultura, sustenta a família com o dinheiro que recebe da venda das frutas. “Esse dinheiro é pra alimentação da minha casa. O sustento da minha casa vem todo daqui. Eu não tenho outra renda, minha renda é essa. É trabalhar na roça e vender. Lá em casa a gente recebe o Bolsa Família, já é uma ajuda também, porque se for só daqui não dá”, disse o agricultor.

Givanildo finaliza dizendo que não faz propaganda para vender os produtos, o que atrai os clientes é o que chamamos de “água na boca”. “Aqui não tem propaganda, tem que mostrar o produto. A pessoa ver e olha o produto, se tiver bonito ele para, ai a gente oferece vários preços. Quem diz o preço aqui é o freguês. A gente cobra tanto e o freguês diz: ‘dou tanto’, ai ele já vai levar, porque  aqui é um freguês que vai e não volta mais”, explicou.