Carnaval é sinônimo de festa, alegria e descontração. No entanto, em algumas regiões do país, a celebração pode trazer consequências indesejadas. É o caso da cidade de São José da Laje, em Alagoas, que é conhecida por sediar uma festa tradicional canavalesca chamada CarnaLaje.
A festa é famosa por ter um momento chamado Mela-Mela, onde as pessoas melam umas às outras com grande quantidade de mel. Tudo isso em praça pública, se abraçando e beijando, sem terem a noção dos perigos. Essa tradição pode parecer inocente, mas pode trazer riscos à saúde das pessoas.
Em anos anteriores, foram registrados surtos de conjuntivite nos foliões que participaram da festa durante o Carnaval.
Surto de conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da membrana que reveste o olho e pode ser causada por bactérias, vírus ou alergias. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e lacrimejamento nos olhos. Essa doença pode ser transmitida pelo contato direto com a secreção ocular de uma pessoa infectada.
Além da conjuntivite, há o risco de transmissão do vírus da Covid-19 e outras doenças. A pandemia do novo coronavírus continua em curso, e aglomerações podem favorecer a disseminação do vírus. As festas de Carnaval têm sido apontadas como um dos fatores que contribuíram para o aumento de casos de Covid-19 em diversos estados do país.
Quais os sintomas da conjuntivite?
- Vermelhidão nos olhos;
- Coceira nos olhos;
- Sensação de areia ou de corpo estranho nos olhos;
- Secreção ocular (amarelada, esbranquiçada ou transparente);
- Lacrimejamento;
- Inchaço das pálpebras;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Visão embaçada.
Outras doenças que podem ser transmitidas durante o Carnaval:
- Covid-19;
- Influenza (gripe);
- Sarampo;
- Herpes genital;
- Hepatites virais (A, B e C);
- Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a sífilis, gonorreia e clamídia;
- Infecções respiratórias, como a pneumonia e a tuberculose;
- Infecções gastrointestinais, como a gastroenterite e a hepatite A;
- Infecções de pele, como a impetigo e a escabiose.
Por isso, é importante tomar precauções para evitar a disseminação dessas doenças durante as festividades do Carnaval, como lavar as mãos regularmente, evitar o contato físico com pessoas doentes, usar preservativos durante as relações sexuais, evitar compartilhar objetos pessoais e manter distância social.
As autoridades locais têm um papel fundamental em conscientizar a população sobre os riscos de participar de aglomerações e promover medidas de prevenção. A realização da festa em meio à pandemia deve ser avaliada com cautela, levando em conta o cenário epidemiológico local e nacional.
É preciso que a população entenda que as festas de Carnaval não são mais importantes do que a saúde e a vida das pessoas. A tradição pode ser mantida, mas com medidas de segurança, que garantam a proteção de todos.