O ministro dos Transportes, Renan Filho, usou dados recentes de sua gestão para lançar críticas ao seu antecessor, Tarcísio de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura. Em um balanço apresentado, Renan Filho destacou o aumento na qualidade das rodovias brasileiras e o incremento nos investimentos para obras de infraestrutura.
Segundo Renan Filho, durante a gestão de Tarcísio, que agora é governador de São Paulo, havia uma tendência de esconder dados oficiais e refutar estudos da Confederação Nacional de Transportes (CNT). Ele acusou a administração anterior de não revelar informações cruciais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e de realizar apenas entregas pontuais de obras, caracterizando a gestão como um “oba-oba”.
Um dos pontos centrais das críticas de Renan Filho foi a qualidade das rodovias brasileiras. Ele destacou que, em 2023, sob sua gestão, 67% das estradas estavam em boas condições, um aumento expressivo em comparação com os 52% registrados durante o período de Tarcísio. Essa melhoria foi atribuída ao aumento dos investimentos em infraestrutura, que alcançaram R$ 14,5 bilhões no último ano, contra R$ 8,1 bilhões em 2022, último ano de Tarcísio no cargo.
Renan Filho também mencionou uma queda contínua de investimentos e deterioração da infraestrutura viária durante o governo Bolsonaro. Ele afirmou que a imagem de grande realizador de obras associada a Tarcísio se baseava mais em marketing do que em entregas concretas.
Em resposta às críticas, a assessoria de imprensa do governador Tarcísio de Freitas optou por não comentar. No entanto, aliados do ex-ministro rebateram as alegações de Renan Filho, sugerindo que ele deveria focar em apresentar resultados ao invés de entrar em disputas com a gestão anterior. Eles argumentaram que até mesmo a esquerda reconheceu os méritos da administração de Tarcísio.
Renan Filho enfatizou que a clareza na apresentação dos dados e a transparência são essenciais para a atual gestão. Ele reiterou que o objetivo não é criar versões dos fatos, mas apresentar evidências concretas do progresso na infraestrutura, contrapondo-se à gestão anterior que, segundo ele, priorizava o marketing em detrimento da qualidade real das obras.