Política

CPI da Braskem: Governo Federal receia consequências para a Petrobras

Os petistas acreditam que a CPI da Braskem poderia ser utilizada pela oposição para desgastar o Executivo.

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Senador, Renan Calheiros | © Hugo Barreto
Senador, Renan Calheiros | © Hugo Barreto

Apesar da resistência de aliados governistas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem está prestes a ser instalada no Senado Federal. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do presidente Lula, liderou os esforços para a criação da CPI, que investigará o risco de desabamento de uma das minas da Braskem em Maceió.

A articulação para a formação da CPI ganhou destaque nesta semana, com líderes partidários indicando os nomes dos senadores que comporão o colegiado. Renan Calheiros, autor do requerimento da CPI, chegou a ameaçar recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação da comissão.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o grupo político ligado a ele, intensificaram as disputas com Calheiros, especialmente após o risco de desabamento da mina em Maceió.

A bancada de Alagoas, acionada pela ameaça de Calheiros, pressionou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se comprometeu a agilizar o funcionamento da CPI. Pacheco, que acompanhava Lula na COP28 em Dubai, prometeu uma resposta rápida à questão.

Aliados do governo trabalhavam para evitar a CPI, temendo uma nacionalização da crise regional. Os petistas, por sua vez, acreditam que a CPI da Braskem poderia ser utilizada pela oposição para desgastar o Executivo, considerando a participação societária da Petrobras na Braskem, ao lado da Novonor (ex-Odebrecht).

Nesta quinta-feira (7), Renan anunciou que obteve o número mínimo de assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Além dele próprio, os senadores já indicados como titulares são: Efraim Filho (União-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO), Eduardo Gomes (PL-TO) e Wellington Fagundes (PL-MT).

A sessão de instalação da CPI está marcada para a próxima terça-feira (12). A expectativa é que o grupo apresente um plano de trabalho e escolha o presidente e o relator do colegiado. No entanto, as primeiras sessões de investigação estão programadas para ocorrer apenas em fevereiro do próximo ano, devido ao recesso legislativo a partir do dia 22 de dezembro.

Afundamento do solo no Mutange:

Enquanto as disputas políticas se desenrolam em Brasília, a Defesa Civil de Maceió informou que o solo sobre a mina da Braskem, no bairro Mutange, afundou mais 5,7 cm nas últimas 24 horas.

Com um afundamento total de 2,06 metros, as autoridades locais, juntamente com equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração, estão realizando análises diárias com base em dados sísmicos para lidar com a situação.

O risco de desabamento da mina continua sendo uma preocupação crescente para a população local e para as autoridades envolvidas.


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