O presidente Lula (PT) celebrou um feito que, segundo ele, marcará a história do Brasil. Durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude, Lula anunciou com entusiasmo que, pela primeira vez, um ministro comunista foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração foi uma referência ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, filiado ao PC do B (Partido Comunista do Brasil) por 15 anos. A indicação de Dino foi aprovada no Senado na quarta-feira (13).
“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista, um companheiro da qualidade de Dino”, declarou Lula durante a cerimônia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Desde a indicação de Dino, o rótulo de “comunista” tem sido usado pela oposição como uma forma de crítica. Em dezembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o novo ministro é apaixonado por figuras como Lenin e Stalin.
A sabatina de Flávio Dino no Senado ocorreu na quarta-feira (13) e durou 10 horas e 2 minutos. O indicado por Lula para a vaga no STF obteve 47 votos favoráveis e 31 contrários no plenário da Casa Alta, garantindo sua aprovação.
Durante a sabatina, Dino evitou discutir processos envolvendo Jair Bolsonaro e concentrou-se em temas como a descriminalização do aborto, fake news, a tensão entre os Poderes e a confiabilidade das urnas eletrônicas.