O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem sendo pressionado por uma parte de seus apoiadores a respeito da permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em seu respectivo cargo. O confronto interno vem desgastando o chefe do Ministério da Economia nos últimos dias.
Ontem, quinta-feira (21/10), alguns secretários da equipe econômica de Paulo Guedes pediram exoneração dos seus cargos, por não concordarem que o Auxílio Brasil seja subsidiado com o aumento do endividamento público, para garantir a reeleição do presidente.
O benefício vai substituir o programa Bolsa Família e atender cerca de 17 milhões de brasileiros. Durante a semana, o governo federal anunciou que o Auxílio Brasil começaria a ser pago a partir de novembro deste ano. Desde o anúncio, a pasta econômica do governo federal vem desmoronando.
Nesta sexta-feira (22/10), o jornal Correio Braziliense informou que Paulo Guedes teria pedido demissão do cargo, mas o presidente está tentando convencê-lo a permanecer. De acordo com o jornal, o ministro teria dito que não aceitaria furar o teto de gasto para bancar o Auxílio Brasil, com o valor apresentado de R$ 400.
Em meio à turbulência na pasta, analistas políticos afirmam que Guedes não permanecerá por muito tempo no comando do Ministério da Economia.