Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes são “idiotas úteis e imbecis”

Presidente deu a declaração ao chegar a Dallas, onde recebeu uma homenagem e se encontrou com o presidente George W. Bush

Presidente deu a declaração ao chegar a Dallas, onde recebeu uma homenagem e se encontrou com o presidente George W. Bush - © Reprodução/Agência Lusa

Presidente deu a declaração ao chegar a Dallas, onde recebeu uma homenagem e se encontrou com o presidente George W. Bush - © Reprodução/Agência Lusa

Política – Nessa quarta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro esteve em Dallas, no estado norte-americano do Texas, onde estavam previstos uma homenagem e um encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.

No hotel, Bolsonaro se dirigiu até a porta e concedeu entrevista aos jornalistas. Ao ser questionado sobre as manifestações que aconteceram em diversas cidades brasileiras, o presidente afirmou que os manifestantes que protestam contra isso no Brasil são “uns idiotas úteis, uns imbecis”.

“É natural, é natural. Agora… a maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”, afirmou Bolsonaro.

O presidente acrescentou que não existe corte na educação, mas que o bloqueio é necessário. Ele afirmou ainda que os manifestantes são todos militantes, e que a “garotada com 15 anos de idade, da nona série, 70% não sabe a regra de três simples”, criticando o nível da educação no pais.

“Não existem cortes. Nós temos um problema que… Eu peguei um Brasil destruído economicamente também. Então as arrecadações não eram aquelas previstas de quem fez o orçamento no corrente ano e se não houver contingenciamento, eu simplesmente entro de encontro, né, à lei de responsabilidade fiscal?”, afirmou o presidente.

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“Então, este mês não tem dinheiro. É o que qualquer um faz. Não tem, tem que contingenciar. Agora gostaria que nada fosse contingenciado. Gostaria, em especial, educação”, concluiu.

Em nota oficial sobre o assunto emitida no fim da tarde, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que a posição do presidente é que “as manifestações são legítimas e democráticas, desde que não se utilizem de violência, nem destruam o patrimônio público.”