Em entrevista exclusiva ao BR104, a Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI do 8 de janeiro, discorreu sobre os principais pontos e decisões tomadas durante a investigação, e sobre seu relato1rio de 1.333 páginas.
G. Dias e o Não Indiciamento
Uma das questões levantadas foi sobre o não indiciamento do General G. Dias. A senadora, citando o relatório, afirmou: “Na avaliação que nós fizemos, compreendemos que G. Dias não teve a intenção em relação ao que aconteceu ali na montagem do plano escudo”. O plano, conforme Gama descreve, “é um planejamento executado com uma série de fatores”. Qualquer falha em uma das linhas de ação, seja da Polícia Militar ou do poder executivo, comprometeria sua efetividade.
Ela explica que não houve dolo por parte do ex-ministro do GSI, e que no máximo ele se enquadraria no tipo penal de possível crime culposo.
Flávio Dino
Questionada sobre o Ministro da Justiça, Flávio Dino, e sua participação na CPMI, Gama destacou: “Flávio Dino nunca se negou a colaborar”. Contudo, ela mencionou que “não houve acordo na reta final dos trabalhos para a vinda de novos nomes”. Em relação às evidências contra Dino, ela esclareceu:
“Com base no volume de dados que nós recebemos, compreendemos que em relação ao Ministro Flávio Dino, não havia qualquer tipo de elemento que evidenciasse qualquer ação ou não ação da parte dele”.
Quebra de Sigilo do Ex-Presidente Bolsonaro
A respeito da expectativa frustrada da quebra de sigilo do ex-presidente Bolsonaro, Gama revelou: “Eu pedi, na verdade, alguns RIFs, inclusive solicitei quebras. Mas a gente acabou abarcando no caso do ex-presidente com o RIF do Mauro Sid”. E completou, “Através de Mauro Sid, que era procurador da conta do ex-presidente, conseguimos acessar informações cruciais”.
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