Pescador que obrigou adolescente a cavar a própria cova antes de matá-lo é preso após 24 anos

O adolescente foi morto a tiros de espingarda e enterrado em uma cova rasa em um matagal em uma fazenda privada em Porto Calvo

Preso por homicídio - @Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas efetuou a prisão, na última quarta-feira (21), de um homem de 58 anos foragido da justiça por quase 25 anos. Acusado de um homicídio cometido em 2000, quando confessou ter assassinado um adolescente de 15 anos em Maceió, o indivíduo foi capturado na cidade de Barreiros, Pernambuco, após intensas investigações conduzidas pelo Núcleo de Investigação Policial (NIESP), sob a coordenação do delegado Daniel Mayer.

A identidade do acusado, um pescador de profissão, está mantida em sigilo pelas autoridades. As investigações que levaram à sua localização duraram mais de dois meses, revelando o paradeiro do homem que vivia escondido desde sua fuga após uma breve custódia de seis meses pós-confissão.

O crime, de natureza cruel, envolveu a vítima – um menino de rua – sendo forçado a cavar sua própria cova antes de ser morto a tiros de espingarda e enterrado em uma cova rasa em um matagal em uma fazenda privada em Porto Calvo. Segundo relatos da época, o homicídio ocorreu durante uma bebedeira, em que o acusado, a vítima e um comparsa iniciaram uma discussão que terminou em tragédia.

Após o assassinato, o acusado fugiu para Paripueira, onde permaneceu escondido até sua prisão em 2000. Na ocasião, ele afirmou que uma mulher, alegando ser mãe do menino, o identificou como o responsável pelo desaparecimento da vítima. A polícia foi alertada sobre sua localização após ele fazer comentários sobre o crime, que foram ouvidos pelo chefe do Setor de Operações na época.

Com o mandado de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver cumprido, o homem foi encaminhado para a 92ª Delegacia de Polícia (92ªDP) de Maragogi para a audiência de custódia.

“Estou preso, mas minha consciência se encontra tranquila, visto que agora posso dormir sem lembrar do que fiz”, declarou o acusado após sua prisão inicial em 2000.