Após quase dez anos foragido da justiça, Claudemir Barbosa da Silva enfrentou seu dia de julgamento. Detido em São Paulo em 2022, Silva foi condenado, na última quarta-feira (30), a uma sentença de sete anos e dois meses de prisão pelo brutal assassinato de sua companheira, Fabiana Cândido da Silva. O veredito foi anunciado após um julgamento realizado via videoconferência pelo Tribunal do Júri da Comarca de São José da Laje.
O magistrado responsável pelo caso, José Alberto Ramos, baseou sua decisão de sentença no artigo 68 do Código Penal, levando em consideração as várias nuances do caso, incluindo circunstâncias agravantes e atenuantes. Ramos comentou que as razões por trás do crime não foram levadas ao tribunal sob circunstâncias qualificativas e, portanto, optou por considerá-las neutras.
Em 2015, o magistrado havia suspendido o processo contra Claudemir, invocando o artigo 366 do Código de Processo Penal. Posteriormente, reconsiderou e ordenou a detenção preventiva de Silva para garantir a implementação correta da legislação penal.
Os registros do caso detalham um relacionamento tumultuado entre o casal, com frequentes desentendimentos exacerbados pelo ciúme de Claudemir. A vítima frequentemente sofria agressões físicas durante esses confrontos.
O episódio fatal ocorreu na cidade de Ibateguara, logo após um desentendimento do casal em um evento em Maraial, Pernambuco. Testemunhas afirmam que durante a viagem de volta em um ônibus, Silva agrediu Fabiana, causando-lhe um ferimento na região do supercílio.
O conflito atingiu seu ápice trágico no dia seguinte, quando, após Fabiana buscar tratamento médico para o ferimento, uma nova discussão se desencadeou. Diante de sua filha e da irmã de Fabiana, Claudemir tirou a vida de sua companheira com múltiplos golpes de faca.