Servidores da Educação paralisam e fazem ato em frente à Prefeitura de Murici

Além do reajuste salarial, os servidores cobram melhoria na estrutura das escolas, merenda, transporte escolar e outras pautas

Servidores da educação de Murici em protesto na frente da Prefeitura — © Ascom/Sinteal

Servidores da educação de Murici em protesto na frente da Prefeitura — © Ascom/Sinteal

Murici — Servidores da Educação do município de Murici, na Zona da Mata alagoana, paralisaram as atividades e fizeram uma manifestação em frente à prefeitura do município, nessa quarta-feira (11). São várias as reivindicações, entre elas, reajuste salarial e melhoria na estrutura das escolas.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, disse que os servidores estão sem reajuste salarial desde 2019 e que o município aprovou uma mudança na previdência, e agora será descontado 14% no salário, inclusive dos aposentados.

“Está reproduzindo a mesma crueldade do Governo do Estado, massacrando servidor público. Com essa paralisação queremos também denunciar a gestão por irregularidades na educação”, disse Consuelo.

Segundo Consuelo, ano passado o prefeito da cidade havia se comprometido em fazer enxugamento de folha e resolver as irregularidades na educação. No entanto, muita coisa segue do mesmo jeito.”Funcionários fantasmas, pessoas recebendo acima do que o Plano de Cargos determina, e alguns recebendo recursos do FUNDEB para exercer outras atividades, o que é ilegal”, denunciou a presidente do Sinteal.

Segundo Lúcia, dirigente do núcleo municipal do Sinteal em Murici, o último concurso público realizado foi em 2001, por isso o número de contratados chega a 90%. “O Sinteal exige concurso!”. Ela também relata que as creches de tempo integral estão funcionando apenas em um turno, porque falta estrutura.

Outra pauta dos servidores é o rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). “Como não houve reajuste, em 2019 sobrou recursos, e deveria ser feito rateio com os trabalhadores, como manda a lei. Mas o prefeito também não fez esse pagamento”, disse a dirigente.

Até o final da manhã, ninguém da prefeitura havia dialogado com os manifestantes.