O Tribunal de Haia emitiu um mandato de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira (17/3), por crimes de guerra na Ucrânia. De acordo com o tribunal, Putin é acusado de deportações e transferências ilegais de crianças de áreas ocupadas na Ucrânia por forças russas.
Em comunicado divulgado pelo tribunal, foi declarado que “há motivos razoáveis para acreditar que o sr. Putin tem responsabilidade criminal individual pelos crimes mencionados”. Além do presidente da Rússia, a Comissária para os Direitos da Criança do Gabinete do Presidente da Federação Russa, Maria Alekseyevna Lvova-Belova, também foi acusada dos mesmos crimes de guerra.
O mandado de prisão contra Putin foi emitido um dia após uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) acusar o líder russo de cometer crimes de guerra durante a invasão na Ucrânia.
Após o anúncio do mandato de prisão, a Rússia afirmou que não reconhece a jurisdição do Tribunal de Haia e que não extradita seus cidadãos. Em comunicado divulgado no Telegram, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que “as decisões do Tribunal Penal Internacional não têm significado para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”.
A decisão do Tribunal de Haia pode ter graves repercussões diplomáticas para a Rússia, que já enfrenta sanções econômicas e políticas de vários países em decorrência da crise na Ucrânia. Ainda não se sabe como a Rússia irá reagir ao mandado de prisão contra Putin e Lvova-Belova.
