Manchas no litoral do Nordeste podem ter sido colocadas criminalmente, diz Bolsonaro

O óleo não têm origem brasileira nem é comercializado no país o que aumenta as evidências de um suposto crime ambiental

Manchas no litoral do Nordeste podem ter sido colocada criminalmente, diz Bolsonaro — © Reprodução

Manchas no litoral do Nordeste podem ter sido colocada criminalmente, diz Bolsonaro — © Reprodução

Meio Ambiente — O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta segunda-feira (8), que as manchas de petróleo que vem aparecendo no litoral do Nordeste podem ter sido postas de forma “criminal”. Aqui em Alagoas as manchas vem atingindo principalmente as praias. Em Piaçabuçu, litoral sul e em Ipioca, litoral norte do estado, já foram registrados resíduos das manchas.

É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá“, afirma o presidente após o término de uma reunião no Palácio da Alvorada.

Todos os estados do Nordeste foram atingidos com a mancha de óleo que ao decorrer dos dias vem se alastrando em toda costa brasileira. Uma especie de petróleo cru, que não deriva de nenhum outro tipo de óleo, como gasolina por exemplo, está tirando a atenção das belezas naturas de muitas praias do litoral nordestino.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, os números de manchas aumentam no vai e vem das onda para a costa marítima. Para o ministro, a retirada do óleo que se encontra no solo deve ser ágil e precisa. Segundo ele, já foram recolhidos cerca de 11 toneladas de borra de petróleo dos lugares afetados.

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Manchas no litoral do Nordeste — © Adema

Nessa segunda-feira (7) o presidente se reuniu com autoridades para tratar sobre o assunto. A reunião aconteceu no Ministério da Defesa, e na ocasião Bolsonaro destacou que o óleo não têm origem brasileira, como também não há comercialização dele no país.

Em seguida ele disse que há uma suspeita a respeito do país no qual o óleo é fabricado. Questionado a respeito do assunto na manhã desta segunda-feira, ele disse: “Eu não posso acusar um país vai que não é aquele, eu não quero criar um problema com outros países“.

A Polícia Federal abriu um inquérito para colher informações a respeito da substância. A contaminação nas praias nordestinas também estão sendo monitoradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os monitoramentos estão sendo realizados desde o início do aparecimento das primeiras manchas encontradas no litoral do Nordeste, no dia 2 de setembro.

Um decreto publicado no último sábado (5), com ordens determinadas pelo presidente Jair Bolsonaro, investigas as causas e a responsabilidade sobre a derramada do óleo.