Justiça

Maikai: Marcelo Carnaúba é condenado a 28 anos pela morte de empresário

Réu, que era gerente administrativo e financeiro do estabelecimento da vítima, também foi condenado a um ano e quatro meses por fraude processual

Publicado:


Marcelo Carnaúba, durante julgamento desta quinta-feira (13) — © Maria Eduarda Baltar
Marcelo Carnaúba, durante julgamento desta quinta-feira (13) — © Maria Eduarda Baltar

Justiça — A Justiça condenou a 28 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, Marcelo dos Santos Carnaúba, acusado de matar o empresário Guilherme Brandão, em 2014. O réu também foi condenado a um ano e quatro meses de detenção pelo crime de fraude processual, por ter alterado a cena do crime para confundir a perícia.

O júri, conduzido pelo magistrado Geraldo Amorim, teve início pela manhã desta quinta-feira (13) e terminou por volta de meia noite. De acordo com o magistrado, as penas não podem ser somadas, uma vez que uma é de reclusão e a outra de detenção.

Para o pai da vítima, José Eutinio Brandão, a Justiça foi feita dentro do possível. “O sentimento de perda continua porque esse pouco tempo que ele vai passar preso não vai me trazer tranquilidade. O que me traz tranquilidade hoje é que pelo menos a nossa Justiça continua sendo severa”, disse.

O promotor do caso, Leonardo Novaes, explicou que os jurados acataram as acusações do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) de que o réu praticou homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade da defesa e para ocultar outro crime. “Os autos dizem que a vítima vinha fraudando a empresa por um longo período e que cometeu o homicídio para ocultar esse crime”, destacou.

O advogado de Marcelo Carnaúba, Raimundo Palmeira, recorreu ainda em plenário. “Costumo dizer que nessas situações de muita repercussão, em primeira instância, o juiz está sempre muito próximo das emoções e é normal que as penas saiam exasperadas. A defesa acredita que junto ao Tribunal de Justiça consiga o pedido principal, que é a anulação do júri porque evidentemente a fraude processual não existiu, e a segunda instância não pode anular a sentença do júri. Em relação à pena, acredito numa redução drástica”, disse.

+ Empresários e uma ex-funcionária são presos suspeitos de fraudes fiscais

Relembre o caso

De acordo com os autos, o réu trabalhava para a vítima em uma casa de shows localizada no bairro Jatiúca, em Maceió. Marcelo Carnaúba era gerente administrativo, acumulando ainda a gerência financeira do estabelecimento.

Ainda segundo os autos, o acusado efetuou disparo contra Guilherme Brandão para que o proprietário não descobrisse o desvio de dinheiro que havia feito na empresa.

Em depoimento, Marcelo confirmou ser o autor do disparo que resultou na morte do empresário. Disse que estava sofrendo pressão por conta dos problemas financeiros da casa de shows. Afirmou ainda que a arma foi comprada por ele um dia antes do crime e que só efetuou o disparo porque se sentiu ameaçado.

*Da Redação com Assessoria

Comentários


    Entre para nossos grupos

    Telegram
    Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
    WhatsApp
    Entre e receba as notícias do dia
    Entrar no Grupo


 
 
 
Especiais

Especial
Livro ensina técnica de leitura usada por Sherlock Holmes para expandir a memória

Aprenda a Melhorar sua Memória, Lendo até 10 Vezes Mais Rápido e Retendo Até 100% do Conteúdo


veja também

João Lyra – © Reprodução
Justiça
Desembargadores evitam processos da Laginha e caso deve ir ao STF

13 dos 17 desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) declararam suspeição para julgar os recursos relacionados ao processo de falência


Mulher em camara de bronzemaento - @Reprodução
Justiça
TJ-AL mantém proibição do uso de câmara de bronzeamento artificial

O pedido foi negado pela 14ª Vara Cível da capital alagoana, levando a empresária a recorrer.


Prova de concurso publico - @Reprodução
Justiça
Justiça suspende concurso em Alagoas por prever menos de 5% de vagas para PcD

A decisão determinou a suspensão imediata do processo seletivo, a revisão do edital e a reabertura das inscrições


Simbolo da justiça - @Reprodução
Justiça
Juíza denuncia advogado por prática de advocacia predatória em Alagoas

A atuação do MP será fundamental para determinar se houve realmente a prática de advocacia predatória e quais medidas legais serão necessárias.


Alto-falante | @ Imagem ilustrativa
Justiça
Casal é condenado a pagar indenização de R$ 20 mil a vizinha por perturbação do sossego

De acordo com o processo, os réus promoviam festas que provocavam uma “pertubação anormal” do sossego por conta do som alto.