Justiça condena envolvido na morte de vereador de Anadia a 22 anos de reclusão

Adailton Ferreira deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado; júri ocorreu nessa segunda-feira (2), no Fórum de Maceió

Adailton Ferreira foi levado ao banco dos réus nessa segunda (2), em Maceió — © Anderson Moreira

Adailton Ferreira foi levado ao banco dos réus nessa segunda (2), em Maceió — © Anderson Moreira

Justiça — A Justiça condenou a 22 anos e seis meses de reclusão Adailton Ferreira, acusado de matar o vereador do vereador do município de Anadia, Luiz Ferreira de Souza, ocorrida em 2011. O julgamento foi realizado nessa segunda (2), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

O réu foi o responsável por convidar outras pessoas a participarem da execução. Adailton, junto com o mandante do crime, fez toda a trama contratando pessoas para eliminar a vítima, afirmou o juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió, que presidiu a sessão.

O crime aconteceu nas imediações do Povoado Tapera, em Anadia. O vereador retornava de Maribondo, após conceder entrevista a uma rádio local, quando o carro em que estava foi interceptado por outro veículo. Em seguida, duas pessoas desceram do carro e efetuaram vários disparos em direção ao parlamentar, que morreu na hora.

O motivo do crime seria a oposição Luiz Ferreira vinha fazendo à gestão da prefeita Sânia Barros. Durante entrevista à rádio, o parlamentar acusou a prefeita de cometer diversas irregularidades à frente do executivo municipal. E, para o MP, o assassinato foi queima de arquivo e um “recado” para os demais vereadores da oposição.

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De acordo com a sentença, Adailton Ferreira deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado. De acordo com a promotora de Justiça Marta Bueno, o Ministério Público (MP/AL) trabalhou na verdade dos autos. “Cumprimos o nosso papel defendendo a sociedade e mostrando que o crime não compensa”, disse.

Em fevereiro de 2017, Alessander Leal foi condenado a 32 anos, sete meses e 15 dias de reclusão. Já Tiago Campos recebeu a pena de 30 anos, dez meses e 20 dias. Quem também foi condenado foi Everton de Almeida, que recebeu a pena de 32 anos, três meses e 15 dias de reclusão. Os outros denunciados ainda aguardam julgamento.