Juiz diz que Token da advogada Kátia Felina foi usado 4 dias após sua morte

A senha de acesso da advogada foi usada para protocolar um processo na Comarca de SãoJosé da Laje

Advogada Kátia Felina de Oliveira Ferreira — © Reprodução

Advogada Kátia Felina de Oliveira Ferreira — © Reprodução

A Corregedoria geral de Justiça de Alagoas (CGJ/AL) irá investigar uma denúncia de que “o token da advogada Kátia Felina de Oliveira Ferreira, inscrita na OAB/AL, sob o nº 5797, foi utilizado para protocolar um Recurso nos autos
0000060-29.2013.8.02.0052, em tramitação na Vara do Único Ofício da Comarca de São José da Laje-AL, 04 (quatro) dias após o seu falecimento”.

A denúncia foi feita pelo Juiz José Alberto Ramos Comarca de São José da Laje, e aceita pelo Des. Fernando Tourinho de Omena Souza, Corregedor-Geral da Justiça.

–  Diante do exposto, ACOLHO integralmente o parecer emanado, ao passo em que DETERMINO que seja encaminhado ofício aos Juízes de Direito do Estado de Alagoas, com cópia de todo o feito, a fim de dar-lhes conhecimento de que a advogada Katia Felina de Oliveira Ferreira, OAB/AL 5797, faleceu em 18.07.2020, tendo sido percebido que seu token foi utilizado para protocolamento de peça processual posteriormente a sua morte. – diz a decisão do desembargador.

Morte por Covid-19

Aos 47 anos, a Dra. Kátia Felina faleceu no dia 18 de julho deste ano, após lutar pela vida na UTI de um hospital na capital alagoana, onde foi internada com um quadro de Covid-19.

A advogada era Bacharel em Direito, e nasceu na cidade de Maceió em 8 de Maio de 1973. Morou em União dos Palmares desde a juventude, devido ao fato de  seus pais e familiares residirem no município há mais de quarenta anos.

Em 2002 abriu seu próprio escritório, “Kátia Felina – Sociedade de Advogados”, em parceria com seu irmão e também advogado, Jackson Sebastião de Oliveira Ferreira.