Inquérito que investiga Fernando Collor por propina de R$800 mil pode ser arquivado

Dodge enviou seu parecer sobre o caso ao gabinete do ministro do STF, Luiz Fux, pedindo o arquivamento imediato do inquérito

Senador Fernando Collor (PROS-AL)

Senador Fernando Collor (PROS-AL)

Política – O inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a participação do senador Fernando Collor de Melo (PROS-AL) em um crime de corrupção passiva, por supostamente haver recebido propina de empreiteiros da Odebrecht, poderá ser arquivado a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Dodge enviou seu parecer sobre o caso ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pedindo o arquivamento imediato do inquérito.

A PF alega ter encontrado indícios suficientes que comprovam que Fernando Collor teria exigido a quantia de R$800 mil, no ano de 2010, para beneficiar a Odebrecht Ambiental, que na época, planejava atuar na área de saneamento básico do Estado de Alagoas.

No entanto, não ficou claro se Collor, de fato, chegou a receber a quantia exigida. As informações foram obtidas com base em delações de executivos da empreiteira, que disseram ter participado de uma reunião na casa do senador, em 12 de agosto de 2010.

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O acordo seria com base na possibilidade do ex-presidente ser eleito governador por Alagoas, o que não aconteceu, e Fernando Collor, que disputou o governo do estado pelo PTB, perdeu para Teotônio Vilela Filho, do PSDB.

Ainda segundo a delação dos executivos, o pagamento a Collor teria sido executado pelo chamado “Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”, o popular “departamento de propinas” da empreiteira.

Raquel Dodge, portanto, alega que não existem provas suficientes que possam justificar a denúncia contra o senador da república.

Cabe agora ao ministro Luiz Fux, a decisão sobre o arquivamento, ou não, do processo contra Collor.