Credores da Laginha tentam acelerar pagamento de indenizações e recorrem ao CNJ

A Laginha faliu em 2014, deixando um rastro de R$ 2 bilhões em dívidas espalhadas por 19 mil credores.

Usina Laginha em União dos Palmares | © Reprodução

Usina Laginha em União dos Palmares | © Reprodução

Com o intuito de acelerar o pagamento de indenizaçãoes, representantes de ex-trabalhadores e de credores da Massa Falida da Laginha Agro Industrial entraram com um pedido de providências junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A Laginha era uma empresa do ex-deputado federal João Lyra, de Alagoas, e faliu em 2014, deixando um rastro de R$ 2 bilhões em dívidas espalhadas por 19 mil credores. Lyra morreu no dia 12 de agosto, aos 90 anos, de Covid-19.

No documento, os representantes pedem ao CNJ que o juiz federal Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), acelere o envio do dinheiro do precatório à Comarca de Coruripe para que ocorram os pagamentos.

Cerca de R$ 690 milhões estão parados na conta da Justiça Federal há mais de um ano, esperando a remessa do dinheiro por parte do magistrado. O valor é suficiente para o pagamento de praticamente todos os credores, tanto os extraconcursais quanto de parte dos concursais.

Em junho deste ano, a 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou recurso da União e determinou a transferência do dinheiro para o juízo falimentar. Enquanto o dinheiro não chega, os credores aguardam a completa reparação financeira há mais de 10 anos.

Recentemente, fundos de investimentos — a quem pertence parte do valor do precatório — entraram com pedido de embargo para receber o dinheiro por Brasília e não por Alagoas. No último dia 19 de setembro, a Justiça Federal de Brasília suspendeu, pelo prazo de 10 dias, a emissão de qualquer ofício até que se resolvam os embargos.

*Com informações do Jornal Extra