Três vítimas de atropelamento em Mirassol permanecem internadas

O motorista responsável pelo atropelamento de ao menos 16 pessoas prestou depoimento à Polícia nesta quinta-feira (3/11).

Veículo envolvido no acidente | © Reprodução

Veículo envolvido no acidente | © Reprodução

Um motorista, de 28 anos, preso em flagrante após atropelar ao menos 16 pessoas que protestavam na rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP), contra os resultados das urnas apuradas no último domingo (30/10), disse em seu depoimento à polícia que havia sido agredido por manifestantes no local, antes do ocorrido.

De acordo com o boletim de ocorrência da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP ), o homem seguia na rodovia com o seu veículo, quando se deparou com a manifestação bolsonarista e acelerou o carro que conduzia, atingindo os manifestantes. Entre as pessoas atingidas, estão dois policiais federais que faziam acordo com um grupo para que a pista fosse liberada.

 

Vítima no chão após atropelamento | © Reprodução

O homem foi abordado após o ocorrido por militares que garantiam a segurança das pessoas presentes. Ele foi conduzido para a Delegacia de Mirassol, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Segundo a perícia acionada para o local do acidente, o caso foi registrado como tentativa de homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de causar morte).

Em seu depoimento, o condutor do veículo disse que havia sido xingado e “agredido por manifestantes”. Com medo do que poderia acontecer, decidiu romper o bloqueio. Ao ser parado, ele só não chegou a ser linchado, porque os policiais protegeram ele.

Apesar do susto, não há registro de morte na ocorrência. As sete pessoas que haviam sido encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região receberam medicamentos e já foram liberadas. Outras quatro tiveram que ser levadas para o Hospital São José do Rio Preto, com ferimentos graves, onde apenas três permanecem internadas. O estado de saúde delas não foi divulgado.