Um motorista, de 28 anos, preso em flagrante após atropelar ao menos 16 pessoas que protestavam na rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP), contra os resultados das urnas apuradas no último domingo (30/10), disse em seu depoimento à polícia que havia sido agredido por manifestantes no local, antes do ocorrido.
De acordo com o boletim de ocorrência da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP ), o homem seguia na rodovia com o seu veículo, quando se deparou com a manifestação bolsonarista e acelerou o carro que conduzia, atingindo os manifestantes. Entre as pessoas atingidas, estão dois policiais federais que faziam acordo com um grupo para que a pista fosse liberada.
O homem foi abordado após o ocorrido por militares que garantiam a segurança das pessoas presentes. Ele foi conduzido para a Delegacia de Mirassol, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Segundo a perícia acionada para o local do acidente, o caso foi registrado como tentativa de homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de causar morte).
Em seu depoimento, o condutor do veículo disse que havia sido xingado e “agredido por manifestantes”. Com medo do que poderia acontecer, decidiu romper o bloqueio. Ao ser parado, ele só não chegou a ser linchado, porque os policiais protegeram ele.
Apesar do susto, não há registro de morte na ocorrência. As sete pessoas que haviam sido encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região receberam medicamentos e já foram liberadas. Outras quatro tiveram que ser levadas para o Hospital São José do Rio Preto, com ferimentos graves, onde apenas três permanecem internadas. O estado de saúde delas não foi divulgado.
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