
É pouco provável que aconteça, entre tanto, a união entre JHC (PSB) e Davi Davino Filho (PP) é a única possibilidade de definição das eleições em Maceió já em primeiro turno.
Apesar de improvável, há um movimento político nesta direção. A articulação em torno da possibilidade de uma vitória já no primeiro turno, tem animado os apoiadores mais leais ao presidente Bolsonaro, que veem como algo simbólico fazer um prefeito aliado em uma capital do Nordeste, reduto da esquerda no país.
Há outro fator que pode contribuir para esta união acontecer, é o fato de que essa possibilidade agrada uma parte muito influente dentro do PSDB, que em teoria tem a preferência na indicação do vice de JHC. Os deputados Dudu Ronalsa e Cibele Moura, por exemplo, os dois nomes do PSDB na assembleia, já declararam publicamente que apoiam Davi Filho.
O principal apoiador da pré-candidatura de Davi é Arthur Lira, que segundo a própria gestão Bolsonaro, é uma espécie de escudo do governo, e é um dos principais interessados em garantir que o seu partido, PP, faça parte da chapa vitoriosa em Maceió.
Neste momento a possibilidade mais real disso acontecer seria em uma composição com o PSB de JHC, que poderia ficar neutro em 2022, quando da disputa ao governo do estado que terá provavelmente o nome do “escudo” de Bolsonaro concorrendo à majoritária.
A dificuldade de essa junção acontecer se dá ao fato de Davi Filho vir pontuando bem nas pesquisas e ter um apoio político muito significativo na assembleia legislativa, o que lhe dá ânimo para ir às urnas visando construir a possibilidade de fortalecer seu nome pensando no futuro.

Deputado federal JHC (PSB-AL)