Em mensagem divulgada nas redes sociais nessa terça-feira (24/11), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, destacou o aumento da violência por motivação política e o ataques as mulheres nas eleições de 2020.
Segundo o ministro, os crimes eleitorais como boca de boca-de-urna, compra de voto e transporte ilegal de eleitores diminuíram. No entanto, aumentaram os crimes como homicídios, tentativa de homicídios e ameaças a candidatos. “A violência e preconceito são fenômenos incompatíveis com a democracia”, afirmou.
Barroso destacou, especialmente, a violência de gênero e os ataques físicos ou morais as mulheres que são candidatas. Segundo ele, houve um aumento no número de mulheres eleitas nas últimas eleições em primeiro turno, e tem mais 50 mulheres candidatas a prefeitas ou vice-prefeitas no segundo turno.
“Esse tipo de agressão as mulheres, física ou moral, é pior do que machismo. É covardia. Nós precisamos de mais mulheres na política e precisamos enfrentar essa cultura do atraso, da discriminação, do preconceito, da desqualificação. Precisamos, como disse, de mais mulheres na política. Elas podem e o Brasil precisa”, concluiu.
Balanço do primeiro turno
No último dia 15 de novembro, 113 milhões de pessoas compareceram às sessões eleitorais para exercer a cidadania. O nível de abstenção – em torno de 23% -, foi considerado baixo pelo ministro Luís Roberto Barroso, tendo em vista que o pleito aconteceu em meio a uma pandemia.
O presidente do TSE lembrou que, apesar do alto nível de restrições e medidas de segurança sanitária, os eleitores observaram as regras de distanciamento social e de higienização. Barroso destacou também a agilidade na divulgação dos resultados das votações, que ocorreu no mesmo dia da eleição.
Presidente do TSE, Luís Roberto Barroso — © Divulgação
