PF realiza operação para inibir desvios de recursos na educação de Alagoas

Segundo a PF e a CGU, o dano causado por licitações fraudulentas no transporte público escolar pode chegar em R$ 21 milhões

PF realiza operação para inibir desvios de recursos no Transporte Público Escol — © Ascom

PF realiza operação para inibir desvios de recursos no Transporte Público Escol — © Ascom

Educação — A Polícia Federal (PF) de Alagoas realizou uma operação na manhã desta terça-feira (10) nas cidades de Maceió, Arapiraca, Boca da Mata, Rio Largo e São Miguel dos Campos. A intenção da PF é colher informações a respeito do desvio de recursos públicos destinados a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), ligados ao meio de transporte público escolar.

Até às 10h30 desta terça-feira, agentes federais tinham apreendido 13 pessoas suspeitas de participarem da ação fraudulenta. A PF informou que a inteligencia da corporação identificou desvios no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PANATE) e também no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

O resultado até o momento demonstra um dano patrimonial no valor de R$ 8.515.467,60, no entanto, a PF informou ainda que esses números pode chegar na casa dos R$ 21 milhões. Com tudo, foram expedido 26 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e o afastamento de 7 servidores de seus respectivos cargos na Secretaria de Educação (Seduc).

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A operação batizada como Casmurro, tem o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) do estado de Alagoas e do Ministério Público Federal (MPF). Na ação foram movimentados cerca de 114 agentes federais e 11 auditores da CGU.

As investigações que tiveram início no mês de abril deste ano demonstram que a ação criminoso atuava em licitações fraudulentas, conseguindo firmar contratos irregulares com a Seduc para a execução dos serviços de Transporte Escolar na rede Pública.

A PF informou ainda que as empresas envolvidas nas investigações não atuam mais na rede pública, no entanto, serão mantidas para que possam chegar aos responsáveis pelo crime. Nesse caso, o afastamento dos servidores suspeitos de seus cargos servem para que as investigações não sejam comprometidas.