O aumento significativo no valor do gás de cozinha, que passou a consumir parte considerável da renda total de famílias de baixa renda, que vivem na pobreza e extrema pobreza, tem levado governadores a criar em seus respectivos estados um voucher, chamado de vale-gás, destinado a compra deste item indispensável.
A iniciativa passou a ser considerada em vários estados, sobretudo no período da pandemia do novo coronavírus, e já é realidade para milhares de brasileiros. Até o momento, apenas três estados já distribuem o vale-gás para sua população, são eles: Maranhão, São Paulo e Ceará.
Em São Paulo, o governador João Dória (PSDB) autorizou o pagamento do vale-gás que passou a ser depositado aos beneficiários em julho. O benefício total é de R$ 300 e o pagamento é feito em três parcelas de R$ 100 a cada dois meses. O beneficiário cadastrado saca o valor direto no caixa eletrônico. O vale-gás em São Paulo segue inicialmente o período de emergência provocado pela pandemia, mas não está descartada a possibilidade de uma prorrogação.
Outros estados já enviaram os projetos para serem apreciados pelas suas respectivas Assembleias Legislativas, e se aprovados, deverão viabilizar formas de assistir a população com o vale-gás.
Um levantamento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) apontou que entre junho de 2020 e julho de 2021, houve um aumento de 25% no valor do gás, o que o fez saltar de R$ 69,96 para R$ 87,44 em média no país.
O presidente Jair Bolsonaro zerou a incidência de impostos federais sobre o GLP em 2021. No entanto, não houve impacto nos preços para o consumidor final, já que representou uma diminuição em torno de R$ 2 por botijão.
O vale-gás foi uma das promessas de campanha do presidente Bolsonaro, que até hoje, às vésperas de uma nova eleição, não conseguiu cumprir.
Os estados que já articulam o pagamento do vale-gás, são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso.
Botijões de gás – @divulgação
