80 tiros, um homem morto por militares e o silêncio de Bolsonaro

Brasileiros aguardam o posicionamento do presidente Jair Messias Bolsonaro

Jair Bolsonaro | © Joe Raedle/Getty Images

Jair Bolsonaro | © Joe Raedle/Getty Images

Na manhã desta segunda-feira, o Brasil acordou literalmente desnorteado após a noticia de um homem morto e outros dois feridos após a ação de uma guarnição do Exército Brasileiro.

O fato aconteceu no Rio de Janeiro, quando o senhor Evaldo dos Santos Rosa de 51 anos de idade, acompanhado de sua esposa, filho de 7 anos, sogro e uma amiga da família, tiveram seu veiculo literalmente fuzilado com mais de 80 tiros enquanto se dirigiam para um chá de bebê.

Logo após a confirmação de que o homem morto não se tratava de um criminoso, os militares deixaram o local, mas o próprio Exército emitiu uma ordem de prisão para 10 dos 12 militares que participaram da ação que resultou na morte do segurança e também músico.

Nota do Exército

“com base em informações iniciais transmitidas pela patrulha”, mas que, “em virtude de inconsistências identificadas entre os fatos inicialmente reportados e outras informações que chegaram posteriormente ao Comando Militar do Leste”, ficou determinado o afastamento dos militares.

Pericia Preliminar

Uma pericia preliminar no local do homicídio, constatou mais de 80 tiros disparados pelos 10 policiais já identificados e presos pelo próprio exército.

Redes sociais

Nas redes sociais, internautas questionam a ação dos militares, demonstrando indignação e repúdio.

Veja alguns comentarios:

1 – “80 tiros por engano. Não acreditam em gravidez por acidente, mas acreditam em 80 tiros por engano. Hummm. O I T E N T A. Brasileira, Sociedade. Abril, 2019.” escreveu um internauta.

2 – “No condomínio encontraram centenas de armas e não houve nenhum disparo, na favela um carro com uma família dentro desarmada recebe 80 tiros, parabéns aos envolvidos!” mais um comentário.

3 – ““Primeiro atira, depois aborda” “Policial terá licença pra matar” “Excludente de ilicitude pra militar” “Se o militar estiver sob forte emoção poderá ser perdoado” Brasil, 2019.” mais um comentário.

O silêncio de Bolsonaro

É claro e evidente que sempre que aconteceu uma catástrofe nacional, o presidente Jair Messias Bolsonaro se posiciona prestando sua comoção, por exemplo no caso do atentado em Suzano, São Paulo, quando dois jovem mataram 10 estudantes dentro de uma escola.

Outro exemplo foi no caso da barragem em Minas Gerais, rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, no município de Brumadinho.

Já se passam quase 48h e nenhum posicionamento do presidente Jair Messias Bolsonaro, nem do vice, General Mourão.