Mulher é presa após confessar ter dopado filho e jogado corpo em rio

Em depoimento à Polícia Civil, a genitora alegou que o menino era "teimoso, mal educado e que se negava a comer".

Mala onde corpo da criança foi colocado para ser transportado, segundo a polícia | © Alfredo Pereira / RBS TV

Mala onde corpo da criança foi colocado para ser transportado, segundo a polícia | © Alfredo Pereira / RBS TV

Uma jovem de 26 anos foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (30/7), após confessar ter matado o próprio filho de apenas sete anos em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. As investigações apontam que o menino vivia sob intensa tortura física e psicológica.

Segundo o delegado Antônio Carlos Ratcz, responsável pelas investigações, a mulher procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino na noite de quinta-feira (29), mas acabou confessando ter dopado a criança e arremessado o corpo no Rio Tramandaí.

Em depoimento, ela detalhou como teria acontecido o crime. A mãe contou que dopou a criança com fluoxetina e depois colocou o corpo em uma mala na madrugada. Em seguida, saiu com a companheira da casa onde moravam, na área central de Imbé.

“Era uma mala de rodinhas. Ela saiu puxando e foi até o Rio Tramandaí, onde diz que retirou o corpo do menino e jogou na água. Ela não sabe se ele estava morto quando jogou. Nesse tempo todo de polícia, é uma das coisas mais horrendas que já vi”, afirmou o delegado.

Ainda durante depoimento, a mulher alegou que o menino era “teimoso, mal educado e que se negava a comer”. Disse ainda que decidiu registrar o caso como desaparecimento porque acreditou que assim o crime não seria descoberto. O garoto era o único filho dela.

O delegado Antônio Carlos também informou que, nesse primeiro momento, vai autuar apenas o flagrante da mãe, uma vez que percebeu indícios de que a companheira sofre de problemas mentais — a responsabilidade dela será apurada ao longo da investigação.

O Corpo de Bombeiros ainda realiza buscas pelo corpo da criança. Estão sendo utilizados jet skis, botes, lanchas e um drone para os locais de difícil acesso. Conforme a corporação, há bastante mata e vegetação costeira, que dificultam os trabalhos das equipes de resgate.

*Com informações de Agências