A Meta, empresa que comanda o Facebook e o Instagram, começou a remover publicações de usuários que pedem por intervenção militar no Brasil, conforme comunicou que iria na última sexta-feira (04/11).
Segundo a empresa, a equipe de monitoramento tem acompanhado com atenção o cenário político e os acontecimentos mais recentes no país.
A Meta também ressaltou que a prática de remoção de conteúdos já fazia parte de sua política. No entanto, ela não comunicou quantas publicações foram removidas até o momento.
“Temos acompanhado com atenção os acontecimentos no Brasil e as conversas sobre esses eventos nas nossas plataformas, e começamos a remover pedidos para uma intervenção militar no Brasil do Facebook e Instagram”, disse um porta-voz da empresa.
Desde o último domingo (30/10), quando Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o novo presidente do Brasil, com 50,9% dos votos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL), grupos bolsonaristas têm pedido por intervenção militar nas redes sociais, em um ato antidemocrático, ao contestarem o resultado das urnas e não aceitarem a vitória de Lula.
Além disso, apoiadores de Bolsonaro também fecharam rodovias em várias cidades do Brasil, tirando o direito de ir e vir de muitos cidadãos brasileiros. Após três dias de manifestações, na última quarta-feira (02/11), Bolsonaro se pronunciou, pedindo a desobstrução das vias, declarando que esse ato “não faz parte das manifestações legítimas”.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também se pronunciou, na última quinta-feira (3), sobre os atos antidemocráticos dos bolsonaristas e declarou que eles serão punidos conforme suas responsabilidades.
“Movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis serão responsabilizados na forma da lei. A democracia venceu novamente no Brasil. Aqueles que criminosamente não estão aceitando a democracia serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”, disse Moraes.